O sujeito (in)completo e o tempo (en)capsulado: a falha como constitutiva do sujeito e da sociedade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.v0i0.332

Palavras-chave:

Sujeito, saber discursivo, incompletude, enunciado.

Resumo

Partimos do pressuposto teórico de que o ato de significar depende das posições dos sujeitos no discurso, junto ao contexto sócio-histórico e à memória (o saber discursivo, o já-dito). Neste artigo, objetivou-se problematizar as noções de incompletude da linguagem como constitutiva do sujeito e da sociedade. Para isso, utilizou-se dos pressupostos da Análise de Discurso de orientação francesa, visando a analisar a materialidade discursiva de um enunciado inscrito em uma placa de bronze fixada numa laje de concreto, no chão da entrada do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, cidade do Rio de Janeiro. Após análise do excerto selecionado, concluiu-se que como o sujeito se constitui na e pela linguagem, a incompletude, a falha, vem à tona.

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Biografia do Autor

Silvane Aparecida de Freitas, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Cumpriu estágio de pós-doutorado em Linguística Aplicada na Universidade de Campinas. É doutora em Linguistica pela Universidade Estadual Paulista e docente sênior da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, vinculada ao Programa de Mestrado em Educação.

Celso Ricardo Ribeiro de Aguiar, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Paranaíba/MS. É professor de língua portuguesa, língua inglesa e língua espanhola na rede privada e pública do Estado de São Paulo. Atua como tradutor juramentado na área de língua Espanhola na Junta Comercial do Estado de São Paulo.

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Publicado

22.08.2020

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Artigos