Atitudes e crenças sobre o uso de tu e você na variedade de Rio Branco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.2022n62.495

Palavras-chave:

reação subjetiva, testes de atitudes, testes de crenças, pronomes de segunda pessoa.

Resumo

A questão da avaliação subjetiva de variantes se assenta teoricamente no levantamento de crenças e atitudes a respeito de algum fenômeno variável próprio de línguas ou variedades dialetais em termos de atribuição de valores de prestígio e de estigma. Nesse âmbito, um fenômeno particularmente variável na variedade acriana de Rio Branco é o uso das formas de referência ao interlocutor. Em razão disso, o principal objetivo deste artigo é o de aplicar testes de avaliação de atitudes e crenças aos falantes dessa comunidade de fala para avaliar se há valores sociais de estigma e prestígio relacionado aos pronomes tu e você. Os resultados mostram que (i), por um lado, os dados obtidos com base na dimensão do poder apontaram para a existência de um valor de prestígio atribuído ao pronome você, que se origina, de modo geral, dos julgadores de grau superior de escolaridade; (ii) por outro lado, os dados analisados com base na dimensão de solidariedade apontaram para uma aceitação maior de todos os grupos de avaliadores por tu.

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Biografias Autor

Roberto Gomes Camacho, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Professor associado de Linguística da Universidade Estadual Paulista, Campus de São José do Rio Preto e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Tem doutorado pela Universidade Estadual Paulista (1984), pós-doutorado em Gramática Funcional pela Universidade de Amsterdã (2005), Livre-Docência pela Universidade Estadual Paulista (2009) e pós-doutorado em Gramática Discursivo-Funcional pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional de Lisboa (2011). Tem experiência nas áreas de Gramática Funcional e Sociolinguística. Publicou os livros Classes de Palavras na Perspectiva Discursivo-Funcional: o papel da nominalização no continuum categorial em 2011 pela Editora da UNESP, Da linguística formal à linguística social em 2013 pela Editora Parábola e Estratégias de relativização e construções alternativas nas línguas indígenas do Brasil, em coautoria com Gabriela Maria de Oliveira, pela Editora Cultura Acadêmica da UNESP, em 2013.

Marinete Rodrigues da Silva, Universidade Federal do Acre (UFAC)

Professora da Universidade Federal do Acre, Centro de Educação e Letras. Tem graduação em Letras - Português pela Universidade Federal do Acre (2011), mestrado em Letras - Linguagem e Identidade pela Universidade Federal do Acre (2013) e doutorado em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual Paulista, Campus de São José do Rio Preto (2019). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: sociolinguística e gramática funcional.

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Publicado

2022-02-13

Edição

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Artigos