Marcas de interatividade no discurso petista
a Teoria dos Atos de Fala em questão
Palavras-chave:
Teoria dos Atos de Fala, discurso petista, interaçãoResumo
A Teoria dos Atos de Fala costuma ser julgada, sob a tese de centralizar sua preocupação com o locutor, como pouco afeita ao interacionismo. Neste estudo, busca-se avaliar em que medida essa crítica procede, a partir da ideia de que não se deve confundir a ‘autonomia’ de um ato com a ‘dimensão conversacional’ de determinadas práticas de linguagem. Sustenta-se que, ao se referir às ações e/ou às prováveis intenções de um locutor, a TAF não propugna uma concepção monológica da enunciação, apenas as toma como uma “alavanca” ocasionadora da interação. Operacionalmente, toma-se como corpus 72 atos caracterizados como promessas e críticas veiculadas no discurso oficial petista do segundo turno das eleições presidenciais de 2006.
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