Os verbos parassintéticos na obra de Bento Pereira
DOI:
https://doi.org/10.18364/rc.2022n63.1308Palavras-chave:
Lexicografia, Morfologia, Verbos parassintéticosResumo
Neste artigo apresentam-se umas notas sobre a história da língua portuguesa no século XVII e sobre a biografia do lexicógrafo Bento Pereira. Da sua obra selecionamos o “appendiz”, Florilegio dos modos de fallar, e adagios da lingoa Portuguesa, dividido em duas partes: a Primeira das frases portuguezas, a que correspondem as mais puras, é elegantes Latinas, como tiradas de Marco Tullio, & outros Authores de primeira classe e a Segunda onde recolhem os principaes adagios portugueses, com seu latim prouerbial correspondente, pera se aiuntar a Prosodia, & Thesouro portugues, como appendiz, ou complemento (1655). Analisam-se exemplos dos verbos parassintéticos, explicam-se os esquemas morfológicos constituídos pelas preposições a-, des-, en-/em- e os sufixos –ar, -ecer, com especial referência ao substantivo ou adjetivo que constitui a base da derivação e a partir da qual se elabora a definição lexicográfica. Incorpora-se informação sobre as palavras com que se combinam, usadas nos exemplos escolhidos neste apêndice da principal obra do lexicógrafo jesuíta, autoridade indiscutível na dicionarística bilingue e metaortográfica. A seguir às Referências junta-se um Anexo, a modo de vocabulário sintético dos verbetes e artigos tirados da obra, com detalhes de sinonímia e outras informações complementares.
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