Trabalho de face empregado pelo promotor e pelo defensor público no Tribunal do Júri: estudo da interação em um contexto forense
DOI:
https://doi.org/10.18364/rc.2023n64.1307Palavras-chave:
Face, Contexto Forense, Tribunal do JúriResumo
O objetivo deste trabalho é analisar o trabalho de face em um contexto forense, de modo a evidenciar os atos ameaçadores e valorizantes da face empregados por um defensor público e um promotor de justiça em uma sessão no Tribunal do Júri. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica sobre o conceito de face e uma pesquisa de campo (observação não participante). Nela, uma audiência foi gravada e o material verbal foi transcrito conforme as normas do Projeto NURC-USP. Em seguida, os dados passaram por análise de cunho descritivo e qualitativo mediante o aporte teórico-metodológico da Análise da Conversação. Os resultados mostram que, no corpus analisado, prevaleceram os atos ameaçadores à face, marcados por recursos discursivos (como comparações), linguísticos (como emprego de verbos no imperativo), prosódicos (como a elevação do tom de voz e a silabação) e não verbais (como as batidas na mesa). O estudo contribui para um maior entendimento da interação em contexto forense.
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