Trabalho de face empregado pelo promotor e pelo defensor público no Tribunal do Júri: estudo da interação em um contexto forense

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DOI :

https://doi.org/10.18364/rc.2023n64.1307

Mots-clés :

Face, Contexto Forense, Tribunal do Júri

Résumé

O objetivo deste trabalho é analisar o trabalho de face em um contexto forense, de modo a evidenciar os atos ameaçadores e valorizantes da face empregados por um defensor público e um promotor de justiça em uma sessão no Tribunal do Júri. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica sobre o conceito de face e uma pesquisa de campo (observação não participante). Nela, uma audiência foi gravada e o material verbal foi transcrito conforme as normas do Projeto NURC-USP. Em seguida, os dados passaram por análise de cunho descritivo e qualitativo mediante o aporte teórico-metodológico da Análise da Conversação. Os resultados mostram que, no corpus analisado, prevaleceram os atos ameaçadores à face, marcados por recursos discursivos (como comparações), linguísticos (como emprego de verbos no imperativo), prosódicos (como a elevação do tom de voz e a silabação) e não verbais (como as batidas na mesa). O estudo contribui para um maior entendimento da interação em contexto forense.

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Vanessa Hagemeyer Burgo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Possui pós-doutorado em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), doutorado e mestrado em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). É professora associada do Curso de Letras e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), campus de Três Lagoas. É líder do Grupo de Pesquisa “Estudos da Língua Falada” e coordenadora do projeto de pesquisa “Texto falado e interação verbal sob a perspectiva da Análise da Conversação nas línguas portuguesa e inglesa”. Tem experiência na área de estudos linguísticos, com ênfase em língua inglesa. Realiza pesquisas nos seguintes temas: Análise da Conversação, Linguística Aplicada, Interação Verbal, Interação em Contextos Forenses, Marcadores Discursivos, Procedimentos de Preservação da Face, Polidez e Atenuação.

Fernanda Camargo Aquino, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Doutora em Letras: Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Possui mestrado em Letras: Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, graduação em Letras Português/Inglês pela Universidade de Araras - Unar (2021) e graduação em Comunicação Social - habilitação em Jornalismo pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Unesp/FAAC (2003).

Letícia Jovelina Storto, Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

Cumpre estágio de pós-doutorado em Linguística Aplicada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), sob supervisão da Profa. Dra. Elisabeth Brait. Possui pós-doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG (2019, bolsista CAPES), sob supervisão do prof. Dr. Gilmar Cruz. Possui doutorado (2015, bolsista CAPES) e mestrado (2010, bolsista CAPES) em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), sob orientação do Prof. Dr. Paulo Galembeck. É professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEN) e do Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras), ambos da UENP. Pesquisadora dos Grupos de Pesquisa (CNPq) Norma Urbana Culta, de São Paulo - NURC/ SP (USP), Diálogos Linguísticos e Ensino - DIALE (UENP-líder) e Estudos de Língua Falada - ELIFA (UFMS). Participa do Laboratório Brasileiro de Oralidade, Formação e Ensino - LABOR. Participa do Laboratório Integrado de Letramentos Acadêmico-Científicos - LILA (IES do Paraná). Realiza pesquisas a respeito de oralidade e seu ensino, gêneros discursivos orais e do discurso religioso. É a editora de comunicação social da Revista Bakhtiniana (Qualis A1).

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Publié-e

2023-02-17

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