As formas de tratamento nominais mulher e minha filha no falar de Fortaleza
DOI:
https://doi.org/10.18364/rc.v2i53.205Abstract
RESUMO: Com base na Sociolinguística Variacionista e na Teoria da Semântica do Poder e da Solidariedade, abordamos o uso variável das formas de tratamento nominais mulher vs. minha filha no falar popular de Fortaleza. Intentamos verificar qual a variante mais produtiva e analisar a influência de fatores linguísticos e/ou extralinguísticos sobre esse fenômeno. Os dados indicam que a forma mulher tende a ser mais usada na amostra deste estudo. De igual modo, vemos que a variante mulher é favorecida exclusivamente por fatores extralinguísticos, a saber: faixa etária (falantes com 15-25 anos) e escolaridade (falantes com 5-8 anos de escolarização), nessa mesma ordem de relevância. PALAVRAS-CHAVE: Formas de tratamento nominais. Mulher vs. minha filha. Falar de Fortaleza – CE. Sociolinguística Variacionista. Teoria da Semântica do Poder e da Solidariedade.Downloads
Riferimenti bibliografici
ALVES, C. C. B. O uso do tu e do você no português falado no Maranhão. 2010. 143f. Dissertação (Mestrado em Linguística)- Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010. Disponível em: < http://www.repositorio.ufc.br:8080/ri/bitstream/123456789/3606/1/2010_diss_CCBALVES.pdf >. Acesso em: 05 mar. 2017.
ARAÚJO. A. A de. As vogais médias pretônicas no falar popular de fortaleza: uma abordagem variacionista. 2007, 152f. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2007. Disponível em: www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3597. Acesso em: 12 mar. 2017.
______. O Projeto Norma Oral do Português Popular de Fortaleza - NORPOFOR. In: XV Congresso Nacional de Linguística e Filologia, 2011, Rio de Janeiro. Cadernos do CNLF (CiFEFil), Anais... 2011. v. XV. p. 835-845. Disponível em: http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_1/72.pdf. Acesso em: 28 maio 2017.
BABILÔNIA, L.; MARTINS, S. A. A influência dos fatores sociais na alternância tu/você na fala manauara. Revista Guavira Letras, v. 13, p. 49-60, 2011. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2017.
BROWN, R.; GILMAN. A. The Pronouns of Power and Solidarity. In: SEBEOK, T. A. (ed.) Style in Language. Cambridge: Masschusetts, MIT Press, p. 253-281, 1960. Disponível em: <http://www.mapageweb.umontreal.ca/tuitekj/cours/2611pdf/Brown-Gilman-Pronouns.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2017.
CALVET, L. J. Sociolinguística: uma introdução crítica. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2002.
CAMPELO, K. M. A contribuição da metáfora antropofórica para a compreensão da formação dos nomes próprios (antropônimos) e das formas de tratamento lexicais (axiônimos) e gramaticais (proformas nominais pessoais). Veredas, v.2, p. 133-152. 2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/artigo-112.pdf>. Acesso em: 30 de nov. 2016.
CINTRA, L. F. Sobre “formas de tratamento” na língua portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte. 1972.
DUARTE, I. M. Formas de tratamento: item gramatical no ensino do Português Língua Materna. In: Gramática: história, teorias, aplicações. Porto, Universidade do Porto, Faculdade de Letras, p. 133- 146, 2010. Disponível em: <http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/25334/2/isabelduarteformas000100229.pdf> Acesso: 02 abr. 2014.
______. M. Formas de tratamento em português: entre léxico e discurso. Matraga, v.18, n. 28. Rio de Janeiro: jan./jun. 2011. Disponível em: <http://www.pgletras.uerj.br/matraga/matraga28/arqs/matraga28a03.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2014.
GUY, G.; ZILLES, A. Sociolinguística Quantitativa. São Paulo: Parábola, 2007.
LABOV, W. Principles of linguistic change: internal factors. Oxford: Blackwell, 1994. p. 156-159. Disponível em: <http://eng.sagepub.com/content/25/2/156.extract>. Acesso em: 28 maio. 2017.
______. Principios del cambio linguístico: factores sociales. Tradução de Pedro M. Butragueño. Madrid: Editorial Gredos, 2006.
______. Padrões Sociolinguísticos. Tradução de Marcos Bagno, Maria M. P. Scherre, Caroline R. Cardoso. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MACHADO, A. L. G.. Relações sociais como fatores decisivos no uso de pronomes de tratamento de 2ª pessoa. In: VI Simpósio Nacional Estado e Poder: cultura, 2010, São Cristóvão. Anais... 2010. Disponível em: <http://www.historia.uff.br/estadoepoder/6snepc/GT8/GT8-ANA.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2016.
MARTINS, G. F. A alternância Tu/Você/Senhor no município de Tefé- Estado do Amazonas. 2010. 100f. Dissertação (Mestrado em Linguística)- Universidade de Brasília, Brasília, 2010. Disponível em: <http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/6996/3/2010_GermanoFerreiraMartins.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2016.
MATOS LISBOA, C. M. de O. Doutor e outras formas de tratamento direcionadas aos profissionais jurídicos: análise de uma comunidade de prática à luz da terceira onda da sociolinguística. Dissertação (Mestrado em Estudos de linguagem), Universidade Federal Fluminense, Instituto de Letras, Niterói, 2015. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2017.
MOLLICA, M. C. A relevância das variáveis não linguísticas. In: MOLLICA, M. C.; BRAGA, M. L. (Org.). Introdução à Sociolinguística. São Paulo: Editora Contexto, 2012, p.27-31.
NOGUEIRA, F. M. S. B. Como os falantes de Feira de Santana e Salvador tratam o seu interlocutor? 2013. 135 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Curso de Pós-graduação em Língua e Cultura. Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013. Disponível em: <http://www.ppglinc.letras.ufba.br/sites/ppglinc.letras.ufba.br/files/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Francieli%20Nogueira.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2017.
OLIVEIRA, L. A. F. de. Tu e você no português afro-brasileiro. Comunicação ao VI Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA. Salvador, 2005.
PINTZUK, S. Programas VARBRUL. Rio de Janeiro-RJ, UFRJ, 1988.
PRETI, D. A. Estudos de língua oral e escrita. (Série Dispersos). Rio de Janeiro: Ed. Lucena, 2004.
RIBEIRO, P. R. O. ; LACERDA, P. F. A. da C. Variação, Mudança e não mudança linguística: ressignificando o conservadorismo linguístico no português do Brasil. Revista LinguíStica, v. 09, n. 2, p.91-105, 2013. Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:1bWqtllL1kJ:www.revistalinguistica.letras.ufrj.br/index.php/revistalinguistica/article/download/77/205+&cd=2&hl=ptBR&ct=clnk&gl=br. Acesso em: 22 mar. 2017.
RODRIGUES, D. F. Cortesia Linguística. 2003. 508f. Tese (Doutorado em Linguística). Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2003. Disponível em <http://www.ese.ipvc.pt/drodrigues/teses/DRodrigues_Doutoramento.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2014.
SANKOFF, David; TAGLIAMONTE, Sali. A.; SMITH, Eric. Goldvarb X: A multivariate analysis application. Toronto: Department of Linguistics; Ottawa: Department of Mathematics, 2005. Disponível em: http://individual.utoronto.ca/tagliamonte/goldvarb.html. Acesso em: 28 maio 2017.
SANTOS, L. S. R. Formas Nominais De Tratamento Dirigidas Às Mães Por Falantes De Jequié – Bahia. 2013. 125f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem). Universidade do Estado da Bahia. Salvador, 2013. Disponível em: <http://www.ppgel.uneb.br/wp/wp-content/uploads/2013/06/reis_lucelia.pdf> Acesso em: 05 out. 2016.
SCHERRE, M. M. P. Padrões sociolinguísticos do português brasileiro: a importância da pesquisa variacionista. Tabuleiro de Letras. Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens Universidade do Estado da Bahia-BA, v. 04, p. 01-32, 2012. Disponível em: <http://www.tabuleirodeletras.uneb.br/secun/numero_04/pdf/no04_artigo09.pdf>. Acesso em: 05 jan. 2017.
SCHERRE, M. M. P.; NARO, A. J. Análise quantitativa e tópicos de interpretação do Varbrul. In: MOLLICA, M. C.; BRAGA, M. L. (Orgs.). Introdução à Sociolinguística: o tratamento da variação. São Paulo-SP, Editora Contexto, 2012, p. 147-177.
SCHWINDT, L. C. S.; QUADROS, E. S.; TOLEDO, E. E.; GONZALEZ, C. A. A influência da variável escolaridade em fenômenos fonológicos variáveis: efeitos retroalimentadores da escrita. Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL. Vol. 5, n. 9, agosto de 2007. Disponível em: < http://www.revel.inf.br/files/artigos/revel_9_a_influencia_da_variavel_escolaridade.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2017.
SOARES, M. E. As Formas de tratamento nas interações comunicativas: uma pesquisa sobre o português falado em Fortaleza. 1980. 157f. Dissertação (Mestrado em Letras). PUC/ Rio, Rio de Janeiro, 1980.
TARALLO, F. A pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática, 1985.
VALENTE, L. P.; RODRIGUES, L. S. RAPAZ, eu não fiz nada não: análise sociolinguística das formas de tratamento na função de vocativo na fala de acusados de atos criminosos. Web-Revista SOCIODIALETO, V. 6, n.17, novembro, p. 294-306, 2015. Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2017.
WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. I Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Trad.: Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
Downloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Gli autori che pubblicano in questa rivista accettano i seguenti termini: a. Gli autori conservano i diritti d'autore e concedono alla rivista il diritto di prima pubblicazione, con l'opera contemporaneamente concessa in licenza con una licenza di attribuzione Creative Commons che consente la condivisione dell'opera con riconoscimento della paternità e prima pubblicazione su questa rivista. b. Gli autori sono autorizzati ad assumere ulteriori contratti separatamente, per la distribuzione non esclusiva della versione dell'opera pubblicata su questa rivista (es. pubblicazione in un repository istituzionale o come capitolo di libro), con riconoscimento della paternità e pubblicazione iniziale in questo rivista. c.Gli autori sono autorizzati e incoraggiati a pubblicare e distribuire il loro lavoro online (ad es. in archivi istituzionali o sulla loro pagina personale) in qualsiasi momento prima o durante il processo editoriale, poiché ciò può generare cambiamenti produttivi oltre ad aumentare l'impatto e la citazione di opera pubblicata