Olhares sobre a língua nacional no Brasil independente
DOI :
https://doi.org/10.18364/rc.v1i48.77Résumé
RESUMO: A consciência da diversidade linguística no âmbito dos países lusófonos vem sendo debatida tanto por filólogos e linguistas quanto por vários escritores. No entanto, essa discussão encontra respaldo no pós-colonialismo, marcado, dentre outros fatores, pela preocupação, nas ex-colônias, com o uso da variedade transplantada pela metrópole europeia e com o estabelecimento da “identidade” da língua nacional. No Brasil, esse movimento fortaleceu-se com o Romantismo, com manifestações a respeito da necessidade de se afirmar a nossa brasilidade, referindo-se ao “idioma”, “dialeto” ou “língua brasileira”. Destaque-se que na segunda metade do século XIX, tendo a maioria das “colônias” da América se tornado república, há uma tomada de consciência sobre as condições de nação e sobre a necessidade de afirmação da variedade americana de sua língua européia. Neste artigo, recorrendo-se a dados históricos e historiográficos, recuperam-se dados do período em que se tem um embate entre a obediência às normas vindas de Portugal e o sentimento de nacionalidade do brasileiro, que já se manifestava linguisticamente com muitas particularidades. PALAVRAS-CHAVE: história da língua portuguesa, brasilidade, variação linguística, estudos lusófonosTéléchargements
Références
ALKMIN, Tânia. (2012) Um texto inaugural: o Visconde da Pedra Branca e o português do Brasil. Stockholm Review of latin american studies. No. 8, march 2012. p. 21-33.
ALTMAN, Maria Cristina. Pesquisa Linguística no Brasil (1500-1889) – São Paulo: Humanitas/FFL/CH/USP, 1998.
BRITO, Regina Pires de Língua e identidade no universo da lusofonia. Aspectos de Timor-Leste e Moçambique. São Paulo: Terracota, 2013.
BARROS, Maria Emília R. A. B. A língua portuguesa na escola: percurso e perspectiva. Interdisciplinar. Revista de estudos de língua e literatura, 2008, v. 6, n. 6. Itabaiana – SE: UFS.
COSERIU, E. Teoria da linguagem e linguística geral. Rio de Janeiro: Presença; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1979.
ELIA, Silvio. “Portugiesisch Brasilianisch – O português do Brasil”, in Lexicon der Romanistischen Linguistik. Herausgegeben von. Edité par Gunter Holtus, Michael Metzetlin. Christian Schimitt Band / vol. VI, 2 – Galegisch, Portugiesisch (Gallego, Português), pp. 559-575, Max Niemeyer Verlag. Tübingen-1994.
MATTOS, Ilmar Rohloff de. O Tempo Saquarema. 5ª. Ed. São Paulo: Hucitec, 2004.
MONTEIRO LOBATO, José Bento. “Gramática portuguesa”. In: Crítica e outras notas. São Paulo: Brasiliense, 1921a.
_____ Onda verde. São Paulo: Brasiliense, 1921b.
_____ Emília no país da gramática. São Paulo: Brasiliense, 1973.
ORLANDI, Eni P. A língua brasileira. Ciência e Cultura (online), São Paulo, v. 57, n. 2, junho, 2005. p. 29-30. Disponível em http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid =S0009-67252005000200016&lng=en&nrm=iso>. Acesso 02 jul. 2015.
PINTO, Edith Pimentel. O português do Brasil. Textos críticos e teóricos. De 1820 a 1920. V. 1. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1978.
_____ Panorama: a língua do Brasil. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, nº 22. São Paulo, IEB/USP, 1980, p. 27-33.
_____ O português do Brasil. Textos críticos e teóricos. De 1920 a 1945. V. 2. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1981.
SOARES, Magda. Português na escola: história de uma disciplina curricular. In. BAGNO, Marcos (Org.). Linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2002.
Téléchargements
Publié-e
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes : a. Les auteurs conservent les droits d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, l'œuvre étant concédée simultanément sous licence Creative Commons Attribution qui permet de partager l'œuvre avec reconnaissance de la paternité et première publication dans cette revue. b. Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour la distribution non exclusive de la version de l'œuvre publiée dans cette revue (par exemple, publier dans un dépôt institutionnel ou sous forme de chapitre de livre), avec mention de la paternité et de la publication initiale dans cette revue. journal. c.Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leur travail en ligne (par exemple dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des changements productifs ainsi qu'augmenter l'impact et la citation de travail publié