A causa mortis em documentos de óbito: analisando a variação lexical
DOI:
https://doi.org/10.18364/rc.2022n63.535Palabras clave:
Sociolinguística Variacionista, Perspectiva Filológica, Causa mortis em documentos de óbito.Resumen
Este artigo objetiva identificar as variações lexicais de causa mortis em documentos de certidão de óbito e investigar o contexto social-histórico e cultural das variações, visando a análise de fatores extralinguísticos que favorecem o seu uso. Amparamo-nos nos estudos filológicos de Sacramento; Santos (2017) e na Sociolinguística variacionista, com base em Labov (2008) e Tarallo (2007). Metodologicamente, é uma reflexão exploratória e de abordagem qualitativa (GIL, 2002), a partir da análise/ interpretação dos dados com base na Sociolinguística variacionista. Os resultados evidenciaram uma recorrência nas 6 (seis) unidades lexicais analisadas, apontando que os usos das variantes sofreram influências de fatores extralinguísticos, tais como: os julgamentos sociais, as consequências de determinadas doenças, as mudanças nas distintas áreas medicinais e as inferências sociais decorrentes dos diferentes anos. Portanto, reiteramos que a escolha por uma variante em detrimento de outra se dá por meio dos usos da língua e sua relação com elementos sociais.
Descargas
Citas
ALMEIDA, Fernanda Kecia de. O léxico de causa mortis em certidões de óbito do vale do jaguaribe no século XIX. 120 f. Mestrado em Linguística Aplicada. Instituição de ensino: Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza/ce, 2016.
ARAÚJO, Aluiza Alves de Araújo; VIANA, Rakel Beserra de Macedo; PEREIRA, Maria Lidiane de Sousa. Sociolinguística: histórico, ramificações e pressupostos básicos. In. (Orgs.). LIMA, Álisson Hudson Veras. SOARES, Maria Elias. CAVALCANTE, Sávio André de Souza. Linguística geral: os conceitos que todos precisam conhecer - v. 1. São Paulo: Pimenta Cultural, 2020. 366p.
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo de Língua Portuguesa. Ed. Delta. Vol III, Rio de Janeiro, 1970.
BÍBLIA SAGRADA. Disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/acf/ dt/28/22. Acesso em: 03 de julho de 2021.
CAMBRAIA, César Nardelli. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes, 2005.216 p.
CHERNOVIZ, Paulo Luiz Napoleão. Dicionário de Medicina Popular. Paris: Casa do autor,1890. v. 1.
COSTA, Lurdiane Alves da; ARAÚJO, Aluiza Alves de; CARVALHO, Wilson Júnior de Araújo. Um olhar variacionista sobre a variação lexical aleijado vs. perneta a partir dos dados do projeto ALIB. (2020). Web - Revista - Sociodialeto. v. 10. n. 30. abr/2020. Disponível em: http://sociodialeto.com.br/index.php/sociodialeto/article/view/219/255. Acesso em: 11 de jun. 2020.
COSTA, Eliane Oliveira da. Variação lexical nas capitais brasileiras. 57f. Trabalho de Conclusão de Curso. Licenciatura Plena em Língua Portuguesa. Faculdade de Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, 2009.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. 176 p.
GÖRSKI, Edair Maria et al. A variação interna. In.: Sociolinguística. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2010.
LABOV, William. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Editora parábola, 2008. 392p.
MACIEL, Mariana de Sousa et al. A história da tuberculose no Brasil: os muitos tons (de cinza) da miséria. Rev. Bras. Clin. Med. São Paulo, 2012. p. 226 -230.
MARCOTULIO, Leonardo Lennentz; LOPES, Célia Regina dos Santos; BASTOS, Mário Jorge da Motta; OLIVEIRA, Thiago Laurentino de. Filologia História e língua: olhares sobre o português medieval. São Paulo: Parábola, 2018.
MATORÉ, Georges. La méthode en lexicologie: domaine français. Paris: Didier, 1953.
MOLLICA, Maria Cecilia. Fundamentação teórica: conceituação e delimitação. In: (Orgs.). MOLLICA, Maria Cecilia. BRAGA, Maria Luiza. Introdução à Sociolinguística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2013.
MONTEIRO, José Lemos. Para compreender Labov. Petrópolis, Rio de Janeiro/RJ: Vozes, 2000.
PAIM, M arcela M oura T orres. Jovens e idosos escolhem as mesmas palavras? Entrepalavras, Fortaleza, v.1, n.1, p. 7-24, ago/dez 2011. Disponível em: http://www.entrepalavras.ufc.br/revista/index.php/ Revista/article/viewFile/1/44. Acesso em: 13 de julho de 2021.
PONTES, Antônio Luciano. Dicionário para uso escolar: o que é como se lê. Fortaleza: EdUECE, 2009.
REZENDE, Joffre M. de. Linguagem Médica, 3a. ed., Goiânia, AB Editora e Distribuidora de Livros Ltda, 2004.
SACRAMENTO, Arivaldo. SANTOS, Lucas de Jesus. A Filologia como ética de leitura. In: Revista da ABRALIN, v.16, n.2, p. 129-168, jan./ fev./mar./abr. 2017.
SAMPAIO, Maria Aurilene Pinto. Estudo lexical do ritual da morte em certidão de óbito da diocese de Itapipoca-CE. 2019. 348 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2019) - Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2019.
SANTOS, Lucas de Jesus. Da palavra ao mundo: retornos à filologia. In: Inventário PPGLinC/PPGLitCult-UFBA. Nº 17, Salvador/BA, dez 2015.
TARALLO, Fernando Luiz. A pesquisa Sociolinguística. 8 ed. São Paulo, Ática, 2007.
VILLALVA, Alina. SILVESTRE, João Paulo. Introdução ao estudo do léxico: descrição e análise do Português. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
VOLÓCHINOV, Valentin (Círculo de Bakhtin). Marxismo e Filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Editora 34, 2017, 373 p.
XIMENES, Expedito Eloísio. Fraseologias Jurídicas: estudo filológico e linguístico do período colonial. Curitiba: Appris, 2013. 445 p.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Aluiza Alves de Araújo, Maria Aurilene Pinto Sampaio, Leiliane Aquino Noronha
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos: Los autores retienen los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo la Licencia de Atribución Creative Commons que permite compartir el trabajo con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista. b. Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en este diario. c. Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos así como incrementar el impacto y la cita. del trabajo publicado