Substantivos e adjetivos: classes flutuantes sob perspectiva semântico-discursiva

Autores/as

  • Rosane Santos Mauro Monnerat Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.v1i55.253

Resumen

Partindo do estudo da “classe dos nominais”, este trabalho pretende mostrar de que forma a seleção lexical – com foco nas operações de nomear e de qualificar, que remetem, respectivamente, para entidades (substantivos) e atributos (adjetivos) pode contribuir para espelhar imaginários sociais, já que tomada no interdiscurso da sociedade, essas escolhas lexicais podem ser reveladoras de subjetividade e da dimensão axiológica veiculadas nos textos em análise. Para essa investigação, será necessário revisitar conceitos gramaticais e discursivos (BECHARA, 1999; NEVES, 2000, KERBRAT-ORECCHIONI, 1980, entre outros), noções de imaginários sociais (JODELET, 2001) e de efeitos patêmicos (CHARAUDEAU, 2010).

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Rosane Santos Mauro Monnerat, Universidade Federal Fluminense

Rosane Santos Mauro Monnerat, professora Titular da Carreira do Magistério Superior, é Doutora em Letras Vernáculas – Língua Portuguesa - pela UFRJ , com Pós-Doutorado em Estudos Linguísticos pela UFMG. É vinculada ao Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da UFF, atuando na Graduação e, na Pós-Graduação, como integrante do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da UFF, mais especificamente, na Linha de Pesquisa “Teorias do texto, do discurso e da interação”. Desenvolve sua reflexão teórica na interface linguagem/mídia; linguagem e sociedade, interessando-se, sobretudo, pela construção de imagens sociais em diferentes gêneros textuais.

Citas

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da língua portuguesa. 44ª. ed., São Paulo: Saraiva, 1999.

BECHARA, E. Moderna gramática da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.

CARNEIRO, Agostinho Dias. Atualização discursiva dos nomes próprios. In: SANTOS, Leonor Werneck dos (org.). Discurso, coesão, argumentação. Rio de Janeiro: Oficina do Autor, 1996.

______. O adjetivo e a progressão textual. In: Letras & Letras. Uberlândia, 8 (1) 31-36, junho de 1992 ( publicado em dezembro de 1993 )

CHARAUDEAU, Patrick. A patemização na televisão como estratégia de autenticidade. In: MENDES, E. e MACHADO, I. L. (orgs.) As emoções no discurso (vol. II). Campinas: Mercado das Letras, 2010.

______. Uma análise semiolingüística do discurso. In: PAULIUKONIS, Maria Aparecida Lino; GAVAZZI, Sigrid (orgs.). Da língua ao discurso – reflexões para o ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

______. Une analyse sémiolinguistique du discours. In: Langages, les analyses du discours en France, no 117.Paris, Larousse, mars 1995.______. Grammaire du sens et de l’expression. Paris: Hachette, 1992.

CHAROLLES, Michel; PEYTARD, Jean. Langue française - Enseignement du récit et cohérence du textes. Paris: LAROUSSE, mai, 1978.

Contos de fadas: edição comentada e ilustrada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2004.

FIGUEIREDO PIMENTEL. Contos da Carochinha – livro para crianças contendo escolhida collecção de sessenta e um contos populares, Moraes e proveitosos, de vários paízes, traduzidos e recolhidos diretamente da tradição oral. Rio de Janeiro: Livraria Editora Quaresma, 18ª edição, 1920 [1ª ed., 1904].

ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente. São Paulo: Contexto, 2006.

INDURSKY, F Da anáfora textual à anáfora do discurso. Anais do 1 Encontro do CelSul, vol. 2, Florianópolis, 1997

JODELET. Denise. Representações sociais. Rio de Janeiro, EdUERJ, 2001.

KERBRAT-ORECCHIONI, Catherine. L’énonciation de la subjectivité dans le langage. Paris:Colin, 1980.

LAPA, Rodrigues M. Estilística da língua portuguesa. 9ªed. revista e acrescentada, Coimbra: Coimbra Editora limitada, 1977.

MACEDO, Walmírio. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Presença, 1976.

MAINGUENEAU. Dominique. Pragmática para o discurso literário. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

MATTOSO CÂMARA JÚNIOR, Joaquim. Estrutura da língua portuguesa. 25ª ed., Petrópolis: Vozes, 1996.

______. Contribuição à estilística portuguesa. 3ª ed., Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1977.

MONNERAT, Rosane S. Mauro. Adequação vocabular – por que “negro” e não “preto”?. In. MONNERAT, R.S.M; JÚDICE, Norimar; BITTENCOURT, Terezinha. Português em debate – Encontros UFF – comunidadeNiterói: EdUFF, 1999.

NASCENTES, Antenor. O idioma nacional. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1960.

NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: UNESP, 2000.

PERINI, M. Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 2000.

PINILLA, Maria Aparecida de. Classes de palavras. In: VIEIRA, Silvia Rodrigues; BRANDÃO, Silvia Figueiredo. Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007.POTTIER, Bernard. Linguística geral – teoria e descrição. Rio de Janeiro: Presença: Universidade Santa Úrsula, 1978.

QUIRK, Randolph et alii. A comprehensive grammar of the English language. London: Longman, 1985.

RIBEIRO, Julio. Grammatica Portugueza. 10a ed., Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves & C. , 1911.

ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática normativa da língua portuguesa. 32ª. ed., retocada e enriquecida, Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.

SAUTCHUK, Inez. Prática de morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo)sintática. 2ª ed., São Paulo: Manole, 2010.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação. São Paulo: Cortez, 1997.

Publicado

2018-12-20

Número

Sección

Artículo