Valter Kehdi. Morfemas do Português, São Paulo, Ática, 1990, 72 pp.
Resumo
Os estudos gramaticais têm adquirido vários contornos históricos, segundo a perspectiva sob a qual são enfocados. Disse Meillet certa vez que "Chague langue a la grammaire desa philosophie"; no que tinha plena razão. Assim é que vemos a gramática ter base literária na Grécia antiga (tékhne grammatiké), metafísica na Idade Média (grammatica speculativa), logicista no período clássico na Idade Moderna (grammaire raisonnée), positivista durante o século dezenove e parte do vinte (gramática histórica/gramática expositiva), estruturalista depois da Primeira Guerra Mundial (gramática estrutural), gerativista depois da Segunda Guerra Mundial (gramática gerativa). Atualmente o interesse de lingüistas das novas e novíssimas gerações se desvia do objeto langue para o objeto discurso, sem muito êxito, aliás, do ponto de vista dos resultados. [...]
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