Identidades femininas em cena: do ódio ao silenciamento
DOI:
https://doi.org/10.18364/rc.2023nEspecial.1355Palavras-chave:
Discurso de ódio, Silenciamento, Identidades femininas, Ethos, PathosResumo
Este artigo objetiva analisar comportamentos e identidades femininas afegãs oprimidas pelo regime fundamentalista islâmico, em reação ao discurso de ódio, que está no cerne da violência verbal. Analisaremos não só os imaginários sociodiscursivos que dão suporte à projeção do ethos dessas mulheres, como também os efeitos patêmicos advindos desses discursos. O suporte teórico-metodológico se baseará em estudos desenvolvidos por Charaudeau (2010, 2019) na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso e por estudiosos que investigam os temas focalizados, como Galinari (2020, 2014), Goffman (2021), Maingueneau (2005, 2008) e Plantin (2010). O corpus da pesquisa se constitui de três textos: uma reportagem da Marie Claire e uma postagem do Instagram, que reverberam o discurso de ódio, e um grafite de Shamsia Hassani, que sugere o “discurso do silenciamento”. Pretendemos, ao escrever sobre o tema, propor o “não silenciamento” como forma de ampliar os horizontes de luta dessas mulheres, nesse embate socioideológico.
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