A “Grammatica Brasileira” do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.18364/rc.v1i48.76Resumo
RESUMO: O foco deste texto é o exame de uma gramática brasileira do século XIX, Grammatica brasileira ou arte de falar, conforme as regras de Manuel Borges Carneiro, de autor anônimo. Os objetivos da pesquisa são: i) verificar se a variedade brasileira da língua portuguesa é objeto de análise na obra; ii) investigar pistas que levem a seu provável autor. A busca pela resposta ao problema desta pesquisa funda-se em princípios da História das ideias linguísticas, tais como gramatização e horizonte de retrospecção (Auroux 1992, 2006, 2007), pelos quais verificaremos se Luís Maria da Silva Pinto, autor do Dicionário da língua brasileira (1832), é também o autor dessa gramática, cuja denominação refere o local de origem da obra, mas ela, em si, não traz dados linguísticos que caracterizam o português do Brasil. PALAVRAS-CHAVE: gramática brasileira, horizonte de retrospecção, gramatização, língua portuguesa, história das ideias linguísticas, historiografia linguística.Downloads
Referências
Fontes
PINTO, Luiz Maria da Silva. 1832. Diccionario da Lingua Brasileira por Luiz Maria da Silva Pinto, natural da Provincia de Goyaz, Typographia de Silva.
Grammatica brasileira ou arte de falar conforme as regras de Manuel Borges Carneiro. Ouro Preto, Typographia de Silva.
OLIVEIRA, F. 1536. Grammatica da lingoagem portuguesa. In: Assunção, C.; Torres, A.(2000) Gramática da linguagem portuguesa. Edição crítica, semidiplomática e anastática. Lisboa : Academia das Ciências de Lisboa.
Estudos
ASSUNÇÃO, C. e Torres, A. 2000. Introdução, em Gramática da linguagem portuguesa, Edição crítica, semidiplomática e anastática. Lisboa : Academia das Ciências de Lisboa.
AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas/SP : UNICAMP, 1992.
AUROUX, S. La raison, le langage et les normes. Paris: PUF, 1998. [Collection Sciences, modernités, philisophies, dirigée par Sylvian Auroux].
AUROUX, S. Les modes d’historicisation . In: Histoire, Espistemologie, Langague. Histoire des Idées Linguistiques et Horizons de Rétrospection. Tome XXVIII, Fascicule 1, 2006. pp. 105-116.
AUROUX, S. La question de l’origine des langues, suivi de l’historicité des sciences. Paris: PUF, 2007.CAVALIERE, Ricardo. 2010. A corrente racionalista da gramática brasileira no século XIX, em Assunção, C., Fernandes G. e Loureiro, M. (editores), Ideias linguísticas na Península Ibérica (séc. XIV a Séc. XIX)., Volume I, Nodus Publikationen, Münster, Germany.
CAVALIERE, R. A gramática no Brasil: ideias, percursos e parâmetros. Rio de Janeiro: Lexikon, 2014.
KEMMLER, Rolf. 2013. A primeira gramática da língua portuguesa impressa no Brasil: a Arte de grammatica portugueza (1816) de Inácio Felizardo Fortes,Confluência, 44-45: 61 –
KEMMLER, R. 2010. O ideário linguístico no Novo methodo de educar os meninos e meninas (1815) do vila-realense Frei José da Virgem Maria, Revista de Letras, II, 9: 63-92.
KEMMLER, R. 2009 As Origens da Disciplina ‘Historiografia Linguística’ na Noticia Succinta (1823) de José Vicente Gomes de Moura, Confluência, 35-36: 37-83.
AUTOR, M. Q. 2007. O nascimento da gramática portuguesa: uso e norma, São Paulo, Humanitas/Paulistana.
LIMA, Stoelze I. (2006). Luiz Maria da Silva Pinto e o Dicionário da língua brasileira (Ouro Preto, 1832), Humanas, Porto Alegre: 28, 33-67.
SCHÄFER-PRIEß, Barbara [no prelo]: A Gramaticografia portuguesa de 1540 até 1822: condições da sua génese e critérios de categorização, no âmbito da tradição latina, espanhola e francesa. Tradução de Jaime Ferreira da Silva, revista e atualizada pela autora.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: a.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. b.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. c.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado