A questão do segredo nas antilínguas
uma visão ecolinguística
Palavras-chave:
antilíngua, meninos de rua, ciganos, rastafári, criptoletoResumo
Nosso objetivo neste artigo é discutir a questão do segredo nas chamadas antilínguas, que são criadas por grupos underground ou qualquer grupo cujos membros queiram por um motivo qualquer comunicar-se entre si sem ser ententidos pelos membros da comuninidade envolvente. Usando o arcabouço teórico da Ecolinguística, analisamos a ‘antilíngua’ dos meninos de rua, dos ciganos (calon e kalderash) e a dread talk do movimento rastafari jamaicano. Por menor que seja o grupo, sua pequena comunidade não foge do ecossistema fundamental da língua, segundo o qual só teremos uma modalidade linguística se houver um grupo de pessoas (P), que se encontra em determinado espaço/território (T), usando a linguagem (L) que lhe é específica. No caso, com exceção da língua dos kalderash, essa linguagem é apenas um pequeno vocabulário, usado no contexto da gramática portuguesa. Por fim, constatamos que os imigrantes de segunda e terceira geração, ou mais, também usam o pouco que ainda mantêm da língua dos ancestrais como uma espécie de antilíngua.
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