Axiotopônimo: proselitismo político-ideológico (implícito) no Maranhão?

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.18364/rc.2022n63.530

Mots-clés :

Maranhão, axiotoponimos, propaganda ideológica, Proselitismo

Résumé

Este artigo pretende considerar a concepção de que nomear e existir compõe uma associação de sentidos afins. Discorre-se então sobre a interdependência dos processos onomasiológicos e semasiológicos sob o ponto de vista do signo como representação metafórica da realidade. Discute então que a toponímia pode ser usada como propaganda de celebridade política, para então, concluir que o emprego de axiotopônimos no estado do Maranhão pode ser um instrumento proselitista de perpetuação ideológica implícita do poder. A análise do corpus está centrada no município maranhense de Presidente Sarney.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Reginaldo Nascimento Neto, IFMA Instituto Federal do Maranhão

Doutor em linguística pela Universidade Federal do Tocantins. É professor do curso de pós-graduação das Faculdades INTA-CE. É autor de dois compêndios didáticos para o ensino de inglês e produção textual. Com experiência na área de Letras, dedica-se à pesquisa sobre a origem da escrita e dos mecanismos interpretativos da inferência comunicativa. Atualmente é professor do Ensino Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão. Estudou na University of Florida - USA - como bolsista do programa PDPI da Fundação Fullbright e Consulado dos Estados Unidos em parceria com a CAPES.

Références

ANDREWS, Carol. The Roseta Stone. 16ª Impressão. London: British Museum Press, 1981.

BACHELARD, G. A Água e os Sonhos: Ensaios sobre a Imaginação da Matéria. Trad. Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

BACKHEUSER, Everardo, et al. “TOPONÍMIA: (Suas Regras — Sua Evolução).” Revista Geográfica, 9/10, no. 25/30, Rio de Janeiro: Instituto Panamericano de Geografia e História, 1949, pp. 163–195.

BALDINGER, K. Teoría semántica: hacia una semántica moderna. Madrid: Alcalá, 1970.

BALDINGER, K. Semasiologia e Onomasiologia. ALFA: Revista de Linguística v.9, p.7-36, 1966.

BARTLETT, F.C. A Propaganda Política — Jules Monnerot Sociologie du Communisme, Edição Ridendo Castigat Mores (1940) 2001 eBOOK. pág. 359 (Gallimard). Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/proppol.html. Acesso em 16/abr/2018.

BÍBLIA, Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição rev. e atualizada no Brasil. Brasília: Sociedade Bíblia do Brasil, 1969.

BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. Vol. 1. 11ª ed. Brasilia: editora UnB, 1983.

BOUZON, E. O Código de Hamurabi. Petrópolis: Vozes. 1986.

BRAUDY, Leo. The Frenzy of Renown: Fame and its History. New York: Vintage Books, 1997.

BUCKLAND, A.R. (1857-1942) & Lukyn Williams. Dicionário Bíblico Universal. Tradução de Joaquim dos Santos Figueiredo. – 4ª. ed. rev. E atual. – São Paulo: Editora Vida, 2007.

BUZAR, Benedito. Vitorinistas & oposicionistas. São Luís: Lithograf, 2001.

CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral Brasileiro. 11. ed. 3ª tiragem. Bauru: Edipro, 2005.

CARVALHINHOS, P. de J. Os Estudos De Toponímia No Brasil e Na USP. Disponível em: http://toponimia.fflch.usp.br/node/8 acessado em 10/set/2016.

CARVALHINHOS, P. de J. As Origens dos Nomes de Pessoas. In: Domínios de Linguagem. Revista Eletrônica de Linguística. Ano 1, nº1. 2007.

COSTA, W.C. História do Maranhão: novos estudos. A Raposa e o Canguru: crises políticas e estratégia periférica no Maranhão (1945/1970). São Luís: Edufma, 2004.

COSTA, W. C. Do “Maranhão novo” ao “novo tempo”: a trajetória da oligarquia Sarney no Maranhão. São Luís: UFMA, 1997. Disponível em: https://docplayer.com.br/12379571-Do-maranhao-novo-ao-novotempo-a-trajetoria-da-oligarquia-sarney-no-maranhao.html. Acesso em:12/maio/2019.

COUTO. Carlos Agostinho Almeida de Macedo. Estado, Mídia e Oligarquia: Poder Público e Meios de Comunicação como suporte de um Projeto Político para o Maranhão. São Luís: Edufma, 2009.

DARYAEE, T. Cyrus, the Great: an Ancient Iranian King, Santa Monica: Afshar,2013.

D’ELBOUX, Paulo César. A trajetória comunicacional de José Sarney. Dissertação (mestrado em comunicação social ) – Universidade metodista de São Paulo. In Mídia brasileira: 2 séculos de história. Disponível em http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/encontros-nacionais/1o-encontro-2003-1

DICK, M. V. P. A. Os nomes como marcadores ideológicos. In: Acta Semiótica et Lingüística - SBPL (Sociedade Brasileira de Professores de Lingüística). São Paulo: Plêiade, 1998. v. 7. p. 97-122.

DICK, M. V. P. A. Método e questões terminológicas na Onomástica. Estudo de caso: a Toponímia do estado de São Paulo. Investigações – Lingüística e Teoria Literária, São Paulo, v. 9, p. 119-148, 1999.

DICK, M. V. P. A. Toponímia e Cultura, in: Rev. Inst. Est. Bras., SP, 27:93-101, 1987.

DUPÂQUIER, J. Names Practices, Godparenthood and kinship in the vexin 1540-1900.In: Journal of Family History. 6, 1982.p.135 – 155.

FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio eletrônico versão 5.0: o dicionário de língua portuguesa – Século XXI. Curitiba: Positivo, 2004.

FIORIN, J. L. (org.). Introdução à linguística I. Objetos Teóricos. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2006.

FIORIN, J. L. (org.). Linguagem e Ideologia. São Paulo, Ática, 8 ed., 2006.

FREIRE, Vitorino. A laje da Raposa (memórias). Rio de Janeiro: Guavira, 1978, p. 273-4.

GARCIA, N. J. Propaganda: ideologia e manipulação. Versão para ebook. Rocket edition 1999, 2005.

GREGOLIN, M. R.; BARONAS, R. Análise do discurso: as materialidades do sentido. São Carlos, SP: Claraluz, 2001.

HERSCHMANN, Micael; PEREIRA, Carlos Alberto Messeder (org). Mídia, memória e celebridades. Estratégias narrativas em contextos de alta visibilidade. Rio de Janeiro: Epapers Serviços Editoriais, 2003.

HOUAISS, A. Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: 2004.

HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

KELLER, W. E a Bíblia tinha Razão. Tradução de João Távora. São Paulo: Melhoramentos, 1992.

KOCH, I. G. V. Argumentação e Linguagem. 10ª. ed. São Paulo: Edição Cortez, 2006.

LÉVY, P. O que é virtual? Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Ed. 34, 1996.

LIMA, Carlos de. História do Maranhão. 2ª. ed. revista e ampliada. São Luís : Instituto Gea, 2010.

NASCIMENTO NETO, Reginaldo. O Proselitismo Político Ideológico Implícito nos Axiotopônimos do Maranhão. Tese Doutorado. 2019.

NORMAN. T. A world of baby names. USA: Editora Berkley Publishing, 2003

PACHECO FILHO, Alan Kardec Gomes. A Construção Midiática do Político José Sarney (1962-1970). Dissertação de conclusão do Curso de Pós-Graduação em História do Brasil. Recife, UFPE, 2001.

PACKER, J.I.; TENNEY, M. C.; WHITE, William. Nelson’s Illustrated Encyclopedia of Bible Facts. USA: Thomas Nelson Publishers,1995.

PALONEN, K. Reading Street Names Politically. In Palonen, K. and Parvikko, T. (eds). 1993. p. 103-121.

PINCHEVSKI, A.; TORGOVNIK, E. Signifying passages. The signs of change in Israeli streets names. Media, culture and society 24: 3, 365-88.

PINKER. Steven. Como a mente funciona. 2 Edição 4a. Reimpressão. Tradução de Laura Teixeira Mota. São Paulo: Cia das Letras. 2005.

PORTER, S. E.; CLARKE, K. D. What Is Exegesis? An Analysis of Various Definitions. In Handbook to exegesis of the New Testament (Vol. 25, p. 6).Leiden; New York: Brill, 1997.

RABAÇA. C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de Comunicação. ed. Àtica. São Paulo: 1995.

ROLLO, Alberto. BRAGA, Enir. Comentários à Lei Eleitoral n° 9.504/97. São Paulo: Fiuza Editores, 2000.

ROLLO, Arthur. A propaganda eleitoral antecipada. 2016. Disponível em: http://apps.tre-sc.jus.br/site/fileadmin/arquivos/ejesc/documentos/publicacoes/Artigo_Propaganda_Antecipada.pdf. Acesso em 22/08/2019

SAMPAIO, R. Propaganda de A a Z. Rio de janeiro: Elsevier, 2003.

SAMPAIO, R. Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Uma cartografia simbólica das representações sociais. Prolegómenos à uma concepção Pós-Moderna do Direito. Revista Crítica de Ciências Sociais. N. 24, Março de 1988. Disponível em: http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/pdfs/Cartografia_simbolica_RCCS24.PDF. Acesso em 08/ago/2019

SARNEY, José. Falas de Bem-Querer: conferências e discursos. Brasília: Antenova, 1983.

SIBILIA, Paula. Celebridade para todos: um antídoto contra a solidão? Revista Ciência e Cultura. São Paulo: 2010, v. 62, n. 2., p. 52-55.

TOSQUI-LUCKS, P. Os dicionários onomasiológicos como instrumento didático-pedagógico: uma análise do campo semântico do turismo em dicionários de língua inglesa. In: C.M. XATARA, & P. HUMBLÉ (org.), Pesquisas em Lexicografia Pedagógica. Florianópolis – SC, EDUFSC, 1, pp. 231-243, 2008.

VAMPRÉ, S. Do Nome Civil: sua origem e significação sociológica, teorias que o explicam, suas alterações, direitos e deveres correlativos. Rio de Janeiro: F. Briguiet e Cia, 1935.

WALKER. C.B.F. Cuneiform. In Reading The Past. Ancient Writing from Cuneiform to the Alphabet. London – UK: British Museum Press, 1993.

WEILBACHER, W. M. Marketing de Marcas: Criando Estratégias de Marcas que Proporcionam Valor e Satisfação ao Cliente. São Paulo: Makron Books, 1994.

Capa da Confluência 63

Téléchargements

Publié-e

2022-08-15

Numéro

2022: Número 63

Rubrique

Article

Licence

(c) Tous droits réservés reginaldo nascimento neto 2022

Licence Creative Commons

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale 4.0 International.

Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes : a. Les auteurs conservent les droits d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, l'œuvre étant concédée simultanément sous licence Creative Commons Attribution qui permet de partager l'œuvre avec reconnaissance de la paternité et première publication dans cette revue. b. Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour la distribution non exclusive de la version de l'œuvre publiée dans cette revue (par exemple, publier dans un dépôt institutionnel ou sous forme de chapitre de livre), avec mention de la paternité et de la publication initiale dans cette revue. journal. c.Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leur travail en ligne (par exemple dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des changements productifs ainsi qu'augmenter l'impact et la citation de travail publié