Ethos e pathos - a mise en scène em capa da IstoÉ a serviço do espetacular
DOI:
https://doi.org/10.18364/rc.2021n61.458Palabras clave:
Semiolinguística, Ethos, Pathos, Capa de revista.Resumen
Este trabalho, tendo como escopo teórico principal a Semiolinguística de Análise do Discurso, do pesquisador Patrick Charaudeau, analisa uma capa da revista IstoÉ, a fim de verificar a construção que o Eu-comunicante faz da pessoa política semiotizada, a partir da combinação entre textos verbal e não verbal. A capa analisada é a do dia 30 de agosto de 2019, que associa o presidente Bolsonaro a um antigo imperador de Roma, o Nero. Objetiva-se identificar a construção que o Eu-comunicante faz da pessoa política semiotizada na capa. Com isso, verifica-se se a revista reforça ou refuta a imagem (ethos) normalmente construída pelo político retratado. Além disso, para fazer com que o interlocutor não apenas seja leitor de banca, mas que, efetivamente, compre a revista, a IstoÉ, dentre várias estratégias, pode apelar para o estado emocional (efeitos de pathos), valendo-se de três atitudes – a polêmica, a sedução e a dramatização. Nesse sentido, pelo viés da Análise do Discurso, pretende-se analisar a emoção a partir dos efeitos visados pela instância de comunicação. A análise inicial revela que não há isenção ao transformar o acontecimento bruto em acontecimento semiotizado e, por isso, já interpretado.Descargas
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