A polissemia do prefixo “des-” em substantivos de ação com base em “-ção” e “-mento”
DOI :
https://doi.org/10.18364/rc.2021n61.470Mots-clés :
Prefixo des-, Formação de palavras, Língua em uso, Morfologia, Polissemia.Résumé
Este trabalho investiga as acepções do prefixo “des” em substantivos de ação no Português Brasileiro por meio de uma abordagem da língua em uso e focaliza a importância do contexto para o reconhecimento do sentido que está sendo ativado pelo afixo. Inicialmente, são apresentadas as principais contribuições da Tradição Gramatical Normativa e da Teoria da Linguística Gerativa para a análise do referido prefixo. O corpus utilizado nesta pesquisa foi constituído a partir do mega-corpus eletrônico NILC da Universidade de São Paulo do campus de São Carlos. Os resultados da análise de dados revelam que a acepção do afixo “des-” na língua em uso é altamente influenciada pelo contexto, de maneira que é possível uma mesma palavra possuir sentidos diferentes, conforme esteja em diferentes situações de uso.Téléchargements
Références
ANDRADE, F. G. C. Polissemia e produtividade nas construções lexicais: um estudo do prefixo re- no português contemporâneo. (Dissertação de Mestrado). Rio de Janeiro. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, Departamento de Letras, 2006.
BASÍLIO, M. Formação e classe de palavras no português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2004.
__________. Teoria lexical. 8 ed., São Paulo: Ática, 2007.
BEBER, S. T. Linguística de corpus. Barueri: Editora Manole, 2004
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2009.
CROFT, W. CRUSE, A. Cognitive Linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
CUNHA, C. & CINTRA, L. Cintra. Gramática do português contemporâneo. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2013.
DE BONA, C. 2014. Os prefixos de negação des- e in- no PB: Considerações morfossemânticas. Dissertação (Mestrado em Letras), Instituto de Letras, UFRGS, Porto Alegre.
_______. RIBEIRO, P. N. Sobre a produtividade e a semântica do prefixo des- no português brasileiro atual. DELTA. DOCUMENTAÇÃO DE ESTUDOS EM LINGUÍSTICA TEÓRICA E APLICADA (PUCSP. IMPRESSO), v. 34, p. 611-634, 2018.
FERREIRA, A. B. de H.. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3 ed. totalmente rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
GONÇALVES, C. A. V. Iniciação aos estudos morfológicos: flexão e derivação em português.1 ed. São Paulo, Contexto, 2011.
HALE, K.; KEYSER, S. J. On Argument Structure and the Lexical
Expression of Syntactic Relations. In: HALE, K.; KEYSER, S. J.
The View From Building 20. Cambridge Mass: MIT Press, 1993. p. 53-
_______. A. MARANTZ. Distributed Morphology and the
Pieces of Inflection. In: HALE, K.; KEYSER, S. (eds.). The View
From Building 20. Cambridge Mass: MIT Press, 1993. p. 111-176.
HALLIDAY, M. A. K. An introduction to functional grammar. London: Hodder Headline Group, 2004.
LANGACKER, R. Concept, image and symbol: the cognitive basis of grammar. New York: Mouton de Gruyter, 1991.
LIEBER, R. Morphology and Lexical Semantics. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
LIPKA, L. An outline of English lexicology (Lexical Structure, Word Semantics and Word-Formation). Tübingen : Max Niemeyer Verlag Tübingen, 1992.
MARANTZ, A. No escape from syntax: don’t try morphological
analysis in the privacy of your own lexicon. In: DIMITRIADIS,
A.; SIEGEL, L. et al. University of Pennsylvania Working Papers in
Linguistics, Proceedings of the 21st Annual Penn Linguistics Colloquium,
Universidade da Pennsylvania, v. 4.2, p. 201-225, 1997.
MEDEIROS, A. B. Para uma abordagem sintático-semântica do prefixo des-. Revista da ABRALIN, vol.9, n.2: 95-121, 2010.
NUNES et al. “a Construção de um léxico para o português do Brasil: Lições aprendidas e perspectivas”. In: Anais do II Encontro para o processamento do português escrito e falado (Curitiba, PR, 21-22 de outubro de 1996a), Curitiba: CEFET-PR, p. 61-70.
_______. “Desenvolvimento de um sistema de revisão gramatical automática para o português do Brasil". In: Anais do II Encontro para o processamento do português escrito e falado (Curitiba, PR, 21-22 de outubro de 1996b), Curitiba: CEFET-PR, p. 71-80.
OLIVEIRA, S. M. Derivação prefixal: um estudo sobre alguns prefixos do português brasileiro. Florianólolis: UFSC, 2004. Dissertação de Mestrado.
_______. Aspectos da Derivação Prefixal e Sufixal no Português do Brasil. Florianópolis: UFSC, 2009. Tese de Doutorado.
ROCHA LIMA, C. H. Gramática normativa da língua portuguesa. 47ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.
SANTOS, A. P. 2016. Morfologia em diacronia – os caminhos e desvios de um afixo na história da língua: o percurso histórico-semântico do prefixo des- em bases sufixadas e em formações parassintéticas. Tese (Doutorado em Filologia e Língua Portuguesa), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo.
SCHNEIDER, L. & BIDARRA, J. O comportamento semântico do prefixo “des-”: questões de polissemia e produtividade lexical. Línguas & Letras, v. 10, n. 18, p. 71-84, 2009.
SILVA, M. C. F.; MIOTO, C. 2009. Considerações sobre a
prefiação. ReVEL, v. 7, n. 12: 1-22.
Téléchargements
Publié-e
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes : a. Les auteurs conservent les droits d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, l'œuvre étant concédée simultanément sous licence Creative Commons Attribution qui permet de partager l'œuvre avec reconnaissance de la paternité et première publication dans cette revue. b. Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour la distribution non exclusive de la version de l'œuvre publiée dans cette revue (par exemple, publier dans un dépôt institutionnel ou sous forme de chapitre de livre), avec mention de la paternité et de la publication initiale dans cette revue. journal. c.Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leur travail en ligne (par exemple dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des changements productifs ainsi qu'augmenter l'impact et la citation de travail publié